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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Resolução da falência nacional: implicará mais pobreza... e a manutenção de privilégios?

Antes do que se segue quero deixar claríssimo que não tenho nada de pessoal contra os nomes que irão surgir. Limitei-me a extraí-los do Expresso (sendo, portanto, esta a fonte). Além disso, permito-me juntar alguma informação e questionar… pois isso é praticamente o que resta ao povo nas ultrapassadas democracias em que vivemos.

Primeira questão

Existe uma série de personalidades neste país que auferem vencimentos decorrentes da atividade que exercem. Comum, trivial! Estou seguro que a esmagadora maioria dos portugueses trocaria alegremente o seu vencimento pelos das referidas personalidades… o que significa que, em média, não serão nada maus.

Mau mesmo é o que se segue: além dos seus vencimentos, este grupo de privilegiados, adquiriu, legalmente, o direito a uma subvenção vitalícia - como se diz: façam o que fizerem aquele já cá canta!

Vejamos, então, a gratificação extra, como resultado das leis que os políticos fazem para si próprios e que, dito da forma mais simples, canalizam o dinheiro dos “pobres” para os “ricos”:

António Bagão Félix: 1000€
Manuel Dias Loureiro: 1700€
António Vitorino: 2000€
Armando Vara: 2000€
Rui Gomes da Silva: 2100€
Ângelo Correia: 2200€
Duarte Lima: 2200€
Jorge Coelho:2400€
Joaquim Ferreira do Amaral: 3000€
Zita Seabra: 3000€
Álvaro Barreto 3400€
Carlos Melancia: 9150€

Muitos conhecerão alguns destes nomes - alguns deles até envolvidos em processos... sórdidos - o que torna a questão ainda mais chocante. Adiante!

Segunda questão

Eu convidaria estes senhores a assumirem os valores do patriotismo de uma forma muito prática. Como nos disse ontem o primeiro-ministro, estando falido o país, vamos ter de ficar ainda mais pobres para sair desta situação catastrófica. Neste cenário, caros patriotas privilegiados pelo destino, abdiquem, já hoje, desta coisa vergonhosa que a desonestidade humana de alguns resolveu, num dia de má memória, instituir com fins de baixeza gananciosa.

Terceira questão

Não sei afirmar se a lista é exaustiva

Quarta questão

Segundo a mesma notícia o PSD e o CDS querem cortar estas pensões aos políticos que estejam a trabalhar no sector privado – nomeadamente os deputados Duarte Pacheco e João Almeida, têm essa pretensão.

Quinta questão

Na sequência das boas intenções destes senhores deputados, proponho que todos os trabalhadores portugueses que fiquem no desemprego – não tendo, portanto, funções em nenhuma empresa privada – passem a receber uma subvenção vitalícia – igualdade de direitos, senhores deputados, é possível que já tenham ouvido dizer qualquer coisa sobre o assunto?

Sexta questão

Tenho repetido que políticos formados em gerações de corrupção e com os mesmos processos de raciocínio, passarão a vida a fazer remendos para esconder asneiras maiores, no entanto, cairão sempre na mesma tentação do auto privilégio.

Sétima questão

Tenham a única atitude moral possível e, se precisam de um pequeno empurrãozinho, lembrem-se lá da falência descarada do nosso país: Acabem já com as subvenções vitalícias. Para todos. Essa figura não deveria sequer existir – independentemente do ex-político estar ou não a exercer funções. Os políticos que contratem seguros: não é o que nos dizem? Que recebam o tal subsídio de desemprego pelo período a que os trabalhadores agora vão ter direito. Inscrevam-se em centros de desemprego… o que for!

Oitava questão

Porquê esta insistente arrogância intelectual dos políticos que se tratam a si próprios como privilegiados relativamente aos que lhes dão o seu voto?

Nona questão

Eu teria vergonha de receber esta doação mafiosa e teria vergonha de ter feito a proposta enganadora – só para não chamar manhosa – dos dois deputados referidos.

Décima questão

Mas quem sou eu? Tudo isto pode ser apenas fruto duma mente delirante, embora, nos tempos que correm, acho exageradamente fácil o português resvalar para o delírio.