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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O orçamento que ainda nem começou e já não nos larga

A presidente da Assembleia da República convoca os líderes parlamentares para perceber se a proposta do Orçamento do Estado para 2012 poderá ser votada já a 4 de Novembro, isto porque o Governo não apresentou as Grandes Opções do Plano e a lei quadro plurianual com a programação orçamental, requisito legal, aparentemente esquecido pelos governantes.

É claro que vem logo o PS acusar o Governo de ter violado a lei, mas aproveita para dar a conhecer a grandeza das suas intenções, afirmando que a denuncia desta trapalhada não impedirá que esteja do lado das soluções e não das complicações.

Acho piada a este tipo de questões. No governo passado houve erros, incorreções, falhas, seja lá o que for, aquando da apresentação do orçamento. Na altura o PSD “carregou” como lhe competia. E agora, gostaste? Que diabo de coisa para um governo esquecer… não é a mesma coisa que esquecer o telemóvel em casa!

Enfim, temos o que temos no nosso país e, se a inteligência política tivesse um acompanhamento mínimo da capacidade intelectual, estas coisas, que aceito que possam acontecer (eu não condenaria ninguém por este tipo de erro), seriam otimizadas com o tempo e criar-se-iam procedimentos adequados, que passariam necessariamente de governo para governo até que estes e outros aspetos se tornassem bem lubrificados e as coisas funcionassem devidamente… o problema aqui é que A está mais interessado em deitar B abaixo e vice-versa, do que pensarmos em soluções nacionais, que transcendam governos e possam evoluir no sentido de nos aproximarmos das boas práticas.

Mas não é mesmo para a guerrilha instalada que servem os partidos? Assim de repente não consigo lembrar-me de outro motivo.

Já agora, uma outra proposta: Avaliar com critérios rigorosos os gestores nacionais, os seus currículos, a sua ambivalência e, partindo dessa avaliação, desenvolver um sistema de governação para o país. Em vez desta coisa inconsequente de votar no partido XSDPQ porque decidi ser este o meu clube embora, infelizmente, até nem conheça lá muito bem quem são “os tipos”… a não ser da televisão: do que dizem e do que se diz deles (sobretudo os adversários e os "reconhecidamente isentos" comentadores da praça)… que rigor há neste método? Não sabemos por experiência própria que é tenebroso? Porque isto chega ao ponto de se votar no tal partido, sem termos sequer a possibilidade de saber quem serão os governantes que o líder do partido vencedor irá escolher? Esta democracia é mesmo TENEBROSA… ou, então, o meu raciocínio esfumou-se num delírio esquizofrénico.