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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Primeiro-ministro conceptual


Um primeiro-ministro…o seu currículo deveria ser público… para o analisar, talvez devêssemos fazer algumas das seguintes perguntas:

O que é que ele fez? O que é que criou de novo? O que fez crescer pelas suas próprias mãos? Qual a sua marca de inovação? Que capacidade de gestão demonstrou? Que resultados concretos obteve? O que fez para que a vida dos trabalhadores por si geridos se tornasse melhor? Quais os sinais de excelência? Quais as marcas da sua seriedade?

Sim, porque um governante, e ainda mais um primeiro-ministro, tem de ser forçosamente um indivíduo com caraterísticas excecionais! Um primeiro-ministro tem de ser necessariamente um indivíduo excecional! Não basta um indivíduo cobiçoso que, por uma questão de ego, deseja muito o cargo, mas não é capaz de fazer mais do que debitar discursos enquanto acumula para si e para os seus; não basta um gestor que o foi por apadrinhamento; um indivíduo que subiu dentro de estruturas partidárias à custa da capacidade de estabelecer contactos e criar influências; um indivíduo que, por isso mesmo, nunca saberá o que é crescer a pulso; lutar com determinação e ultrapassar contrariedades; fazer nascer e crescer coisas novas e conhecer bem e melhorar a vida da comunidade em que vive.

É de homens a sério, com conhecimento da vida real e do povo real, que precisamos para a governação. Com currículos concretos, substanciais e públicos e não preenchidos com uma amálgama de frases que se resumem ao adjetivo: APADRINHADO!

Estes últimos, pelo contrário, deveriam ter inscrito nos seus cadastros: Sem competência para o desempenho de funções públicas - INADEQUADO!

Por outro lado, se o primeiro-ministro pertencer a esta última subespécie, o que poderemos esperar dele (sempre hipoteticamente falando)?

Criticar e acusar governantes adversários com termos como incompetência e falta de seriedade e, simultaneamente, prometer diferentes caminhos para um povo que não suporta mais o tratamento que lhe é reservado? Deitar governos abaixo com a ânsia de chamar a si o poder afirmando, no entanto, que é tudo pelo bem da nação, da seriedade e do rigor? E depois, prosseguir o mesmo caminho de massacrar o povo que o elegeu e não tributar os que mais têm e podem? Criar exceções aos interesses amigos? Beneficiar as organizações geridas pelos conhecidos? Nomear para cargos principescamente bem pagos os correligionários? Manter o élan de promiscuidade e ausência de moralidade na gestão da coisa pública? Dar a imagem – REAL – de que os governantes, à semelhança dos ricos, vivem às custas dos mais pobres exigindo-lhes, além do mais, o pagamento da crise criada pela sua própria inépcia, falta de seriedade e ganância desmedida?