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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Estado: o roubo descarado

Tive o cuidado de consultar o portal do cidadão, para esclarecer esta questão das pensões, subvenções, etc..: há pensões de reforma, pensões de aposentação e subvenções mensais vitalícias, etc..

Tal como tudo o resto neste país, criam-se muitas definições, possibilidades, etc.. cada uma mais complexa e de compreensão impenetrável do que as outras. O fim de todos os estratagemas complicados é sempre o mesmo: legais ou ilegais, o que se pretende é roubar, digo, ROUBAR.

Apercebi-me que ex-políticos, por exemplo, ex-deputados, ex-ministros, e outros, tiveram direito a subvenções vitalícias do estado: recebem uma quantia mensal até o fim da sua vida, ou seja, são pagas 12 mensalidades anuais. Comparemos com um reformado que tem uma reforma de pouco mais de 500€: recebe 14 mensalidades da mesma reforma. Segundo o orçamento de 2012 o dito reformado irá perder um dos subsídios, isto é, receberá ao fim do ano 6000 e tal euros menos 500€. Vejamos uma comparação direta: o Eng. Mira Amaral, que segundo se diz tem uma subvenção de 18000€ por mês, não irá contribuir um tostão para a grave crise, pois como “só recebe” 12 meses – não recebe subsídios – não tem nenhum subsídio para descontar. Segundo o próprio Eng., o valor que aufere não é de 18000€ mas sim de 11000€. Teria direito a 10000€ pelos serviços anteriormente prestados e quando o seu partido o colocou na caixa geral de depósitos, numa atitude de descarado favorecimento – que deveria originar cadeia para muita gente - esse valor subiu, de um dia para o outro, para 11000€.

Digo eu, que se todos os portugueses que gostariam de ter um aumentozinho de 1000€ de um dia para o outro levantassem as mãos, Portugal entraria no Guiness com a maior OLA Mexicana da história da humanidade.

Mas façamos então as contas tendo como referência os valores “mais baixinhos” do referido engenheiro:

11000x12 = 132000 € anuais. Contribuição deste indivíduo para a crise: 0 €. Como este há muitos.

Estamos conversados?

Estes políticos julgam o quê? Que os países são índices económicos. Corta-se a direito onde apetece e os amigos ficam ao abrigo dos “incómodos”?

Onde anda esse tal ministro, do atual governo, que no passado dizia todos os dias: “ Sr. Primeiro Ministro, saia!”? Emudeceu? Perdeu a sua acutilante voz? Pois, então, digo-lhe eu (e talvez não só): Saia, pois dignidade é difícil descortinar-lhe no seu comportamento!

Senhores políticos, ACORDEM! Há gente no meio disto tudo; há famílias, há pessoas que deprimem e ficam envergonhadas quando deixam de poder dar de comer aos filhos!

Li, há dias, que o número de suicídios na Grécia “disparou drasticamente”: e isto é o quê? Mais um número apenas? Colocamo-nos ao nível da teoria/prática de campos de concentração, em que se lida apenas com números?

Para que pareça ainda pior, deixo-vos esta pequena pérola das contas públicas portuguesas:

“Último relatório da CGA mostra que Estado gastou mais 3,5 milhões de euros com 383 deputados do que com os 22311 pensionistas que ganham até 217 euros. Gastos com este "privilégio" têm aumentado todos os anos. Em 2011, regista-se valor mais elevado de sempre com este tipo de reformas: 9,1 milhões de euros.”

Um grande abraço e desculpem qualquer coisinha, foi apenas mais um dia mau.