Número total de visualizações de páginas

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Por falar de POVO

Povo é uma expressão muito usada no vocabulário dos partidos de esquerda, em particular pelos partidários ou apenas simpatizantes comunistas. Nada tenho contra a esquerda ou direita. Penso que já referi, num outro momento, que estes conceitos pouca ou nenhuma reação me despertam. Por comparação, se alguém me informa ser do partido X a reação assemelha-se à que teria se me confessasse ser adepto do Victoria Club de Polo do Canadá. Parabéns, mas é-me indiferente.

O meu conceito de povo está mais próximo da sua definição genuína, sem qualquer conotação partidária. De forma simples, quando falo de povo, refiro-me tão só aos cidadãos de um país. Tudo o que se puder pensar além disto entra no domínio ficcional.

E porquê esta divagação aparentemente inútil?

Sobre o que tem sido escrito neste Blogue, a palavra povo tem surgido imensas vezes. Na maior parte dos casos como gente oprimida, mal tratada e chamada a pagar erros de terceiros – os dirigentes desse mesmo povo.

Poderá acontecer que uma mente menos aberta conote o meu discurso com tendências ou grupos partidários. Insisto que não é esse o caso.

Também já disse que assumo simpatias PESSOAIS quando acredito reconhecer dignidade, bondade e/ou verdade nos discursos que ouço. Uma vez mais, nada disso tem a ver com partidarismos ou clubismos.

Sei que tenho falado muito do povo. Mas também confesso que não me considero defensor de ninguém – muito menos desse povo.

Neste espaço, pessoal, limito-me, somente, a expressar a revolta que sinto quando sei que se mente às pessoas, fazendo-as acreditar que vivem em democracias, dotadas de sistemas de justiça e regidas por princípios de igualdade – perdoem, mas a estatística supera em honestidade as verdades dos políticos. Na realidade, para acontecerem os poucos mundos de fadas - aos quais a publicidade tanto apela (é apenas uma questão de negócio), a generalidade do povo nunca poderá viver assim tão bem.

Limito-me a expressar a minha revolta quando, depois de roubado pelos que elegem, esse mesmo povo é chamado a pagar a fatura.

Enfim, como muita dessa gente, às vezes preciso, nem que seja, de respirar um pouco de ar puro!

Finalmente, apesar da história nos dizer que sempre assim foi, preciso de afirmar e reafirmar que, contra todas as probabilidades, o paradigma terá mudar e este mundo, seja lá porque razão for, será forçado a se reformular para alguma coisa melhor. Para isso, socorro-me de casos que pareciam imutáveis mas que, afinal, de um dia para o outro, eclipsaram-se.

Não sou partidário, não sou religioso, não tenho clube de futebol nem banda musical. Mas agrada-me qualquer pessoa que, tendo uma, várias ou todas estas preferências, demonstre ser condescendente e de trato amável.