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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Olhó juro fresquinho!

Para não variar. A nossa gloriosa nação segue em alta. Mais propriamente, os juros da dívida em Portugal estão a subir a dois anos. Para o mesmo prazo caem na Grécia e na Itália atingem máximos históricos acima dos 5%, depois da desilusão que foi o leilão da dívida italiana e que aconteceu, note-se, já depois do sucesso estrondoso da Cimeira Europeia em que o “Mundo foi salvo”… pelos vistos, a Itália também já não consta da definição de mundo.

Diz-se que os analistas indicam que os investidores estão "atentos e preocupados" com aspetos técnicos e forma como vão ser concretizadas as medidas da Cimeira Europeia. Pessoalmente sinto-me esmagado com a sagacidade dos analistas e com a preocupação elevada dos investidores, pobres coitados, dir-se-ia, mesmo, que tudo lhes corre mal de há uns tempos para cá.

Mas já que falamos de juros, os títulos soberanos portugueses a dois anos são pagos por nós, evidentemente, a mais de 18%.

Ao contrário da Itália e de Portugal, os juros da dívida soberana Grega estavam a cair: a dois anos, por exemplo, situavam-se acima dos 78%. Depois desta queda tenho a certeza de que a generalidade da população mundial quer ser grega.

Ainda a propósito destas grandezas em que se situam atualmente os juros, pergunto eu: não havia uma coisa chamada usura? E, digo eu, também, não seria de meter na cadeia a malta pouco recomendável que anda por aí, à margem da lei, a praticar estas sem vergonhices? Por mim, voto positivamente!