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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Até parece um Mundo Novo

Até parece que acontece o Mundo Novo no pós "Europa Unida".

As Bolsas disparam para máximos que há muito não verificavam, Sarcozy diz que salvaram o mundo e não apenas a Europa. Aproveitou também para dizer, com as letrinhas todas, que a Grécia nunca deveria ter entrado no Euro… mas explicou que, nesses tempos pouco esclarecidos, ainda ele e Merkel não estavam em cena: ou seja, além de exprimir o que sente por compartilhar o espaço monetário com aquele país, esclareceu, para que a dúvida não venha a surgir, quem são os que mandam AGORA na Europa: A trapaça da Grécia só aconteceu porque na altura os que lá estavam eram muito fraquinhos. Talvez seja! Ainda assim, convém não esquecer que a Grécia enganou deliberadamente o restante espaço europeu, comumente, prestou falsas declarações.

A alegria é, pois, imensa, pois os acionistas estão novamente a ganhar os seus preciosos milhões e, de crise em crise, ocorre o inexorável sobe e desce de bolsas que torna este mundo cada vez mais rico e cada vez mais pobre. É tudo tão repetitivamente patético, ultrapassado, mas compreensível. Compreende-se que quem detém o poder nada fará para alterar este estado de coisas, pois, dizem os estudos de décadas, que este é o procedimento especificamente mais indicado (infelizmente profundamente injusto, mas nada é perfeito) para que se mantenha o mundo dos estratos sociais, castas, status, o que lhe quiserem chamar… e que traduz, apenas, o abismo desumano entre a morte pela fome e o luxo desmedido, sem limite.

O mundo exulta porque as bolsas estão em movimento ascendente… está resolvido o grave problema. Como diria Sarcozy, a Europa “salvou o mundo”: presumo que de algum evento nuclear iminente. Mas este não é um mundo melhor. Não sabemos TODOS que se trata apenas da fase bolsista ascendente que sempre há-de acontecer neste mundo velho? Rigorosamente tirado a papel químico do passado que nos trouxe até aos dias de hoje. Também sabemos TODOS o que se segue a esta fase!

Mudemos, agora, um pouco o registo: onde para a Declaração Universal dos Direitos Humanos ou, já nem digo tanto, uma democracia qualquer, em que haja algum tipo de limites para as assimetrias, para que as disparidades não se tornem assim tão escandalosas? Alguma coisa que se possa traduzir não tão falada - ultimamente - equidade?

Proponho que o principal objetivo político da próxima década seja definir e implementar limites razoáveis para o enriquecimento e empobrecimento pessoais dentro de cada nação, conseguindo isto, evidentemente, sem as tais dívidas soberanas.