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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Futebol, Milhões e Ladrões... Bola para a frente

Benfica ganhou, mas facilidades do género das que foram concedidas vão ser fatais contra equipas mais a sério. Joguem com alma. Não se fechem completamente em cima do Artur – ele é do melhor que há – mas só tem 2 braços e 2 pernas – só para lembrar aos mais distraídos. Jesus, corta o cabelo. Isto já não é como no tempo do teu homónimo.

O Porto é que necessita urgentemente de alma… ou ânimo… ou outra coisa que já não vai poder voltar a ter… por uma questão de libras. Nem sombra do que deveria ser. Estão neste momento pressionadíssimos para vencer os próximos jogos. Este não é o Porto; que me desculpem… não falo de nomes nem faço acusações (é muito difícil num clube com o rácio palmarés / orçamento como o do Porto – que acredito ser o melhor do mundo)… mas que o Falcão está a fazer falta, lá isso está… boa sorte e força! Cheguem, pelo menos, à final.

Sporting: é hoje. Vamos lá, sportinguistas e jogadores, todos sabemos que o “Dominguinhos” é um dos maiores de que há memória: grande treinador português – não merece que jogador nenhum lhe faça a menor desfeita que seja.

Desculpem não falar de todas as outras equipas. Mas desejo o melhor a qualquer equipa do nosso país que jogue contra outra que não o seja.

Só não podia deixar uma palavrinha para o Mirandela (desculpem-me lá, malta de Setúbal, não é por mal). Grande Mirandela. Força… até a final!

E lá fora:

O Barcelona continua a ser a máquina de vencer jogos. A eles adapto uma frase que era aplicada à Alemanha durante os campeonatos… Um jogo de futebol são 11 contra 11 e no fim ganha o Barcelona. Admito, pessoalmente, que me cansa, até porque, apesar de ser a inequivocamente equipa atualmente a bater (em todo o mundo) e, também, uma das mais caras, ainda assim, usou do estratagema baixo de recorrer a simulações grosseiras para ludibriar árbitros conseguindo expulsões nas equipas adversárias. Acredito, porque vi acontecer, que alguns dos seus troféus ficam associados a “artes” deste tipo. É pena.

Grande Real Madrid. Também sou dos que esperam que este seja o ano… afinal, uma equipa razoavelmente portuguesa que, também no futebol, é o que sou!

E para frente Libras, digo, Villas Boas. Também gosto do Chelsea.

Uma palavra para Cruyff. É lamentável ver que um indivíduo que atingiu o seu estatuto como jogador, treinador e pensador de equipas, chegou à mísera condição de comentador amargurado, obcecado por uma única ideia, acreditando, ele próprio, que neste mundo já ninguém o ouve, o que o conduziu – admito que impensadamente - ao grau zero do comentário – o seu único tema audível para os seguidores desportivos é… José Mourinho. Adeus, Sr. Cruyff, não tenho dúvidas de que foi grande… no passado. Já agora, a verdade insofismável deste indivíduo que motivou este pequeno texto: «O que Mourinho diz não interessa a ninguém». Como sabemos, o planeta está convencidíssimo disto.

Finalmente, uma palavra – agora mais sentida - para a tal moralização de que tanto se fala hoje em dia… gosto de futebol mas não deixo, por isso, de achar vergonhoso ver as somas que andam atualmente envolvidas neste desporto, as desproporções e as distorções que pervertem tudo o que deveria ser um fenómeno desportivo. Hoje, o futebol é dos magnatas. Ganha quem tem dinheiro, perdem todos os outros. O orçamento da mais poderosa equipa de futebol dá para pagar todas as equipas da 1ª liga portuguesa (incluindo os ditos 3 grandes). Isto é o quê?

O futebol, tal como existe, é um negócio – com muita sujidade à mistura – de milhões e milhões. Associar o conceito de desporto a este fenómeno é patético… pelo menos desde há umas dezenas de anos para cá. Uma vez mais, temos um mercado paralelo, com regras antidemocráticas, que funciona livre, alegre e impunemente dentro de regimes que se dizem democráticos e dispõem de sistemas de justiça…

Vejamos as decisões arbitrárias de UEFAS e FIFAS, e onde fica o conceito de jurisprudência para estes dois grupinhos simpáticos de amigos, amiguinhos e amigões. Como é possível que países ditos democráticos permitam pacificamente a existência de grupos antidemocráticos e arbitrários no seu próprio seio? Além do mais, surgem aos olhos dos incrédulos espectadores dotados duma capacidade extraordinária de produzir riqueza pessoal a uma velocidade tal que faria corar o Sebastian Vettel no seu insignificante F1. Note-se, ainda, a negação obstinada à implementação de métodos eficientes (rápidos, em tempo real), que atualmente existem, para tornar justas as decisões arbitrais nas situações em que, claramente, são erradas! Enfim, mais do mesmo, também nesta área…