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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Rei não morreu nem há vivas para dar


Cá está o que já se previa, pelo menos qualitativamente:

Nova maioria absoluta para o PSD-M.

Tombo com direito a traumatismo craniano para o PS (ainda conhecem?).

Subida notável do CDS.

O Coelho, como sempre, à vontade na sua horta. Ele que muito gosta de falar de corrupção, não é que elegeu na sua lista a filhota de 23 aninhos para a assembleia regional? Enfim, o currículo deve justificar....

Uns tachitos mais para uns quantos desconhecidos.

O BE desaparece, havendo apenas aqui a registar que a única coisa desagradável é que nos dias de hoje ainda permanece o seu abominável líder nacional, mesmo depois de todos os seus correligionários já nem o poderem olhar a direito. Trata-se, mesmo, do único político nacional com mais apego ao poder do que o AJJ, com a pequenina diferença de que nunca irá governar coisa nenhuma.

É claro que o PSD deu um tombo, a pior votação de sempre, blá-blá-blá, mas depois de mais de trinta anos, conhecer apenas maiorias absolutas (em democracia… apesar de tudo, neste caso) temos de admitir que é mais do que notável, sem qualquer paralelo neste país.

O CDS que sobe, e muito, terá de ser mais cuidadoso do que alegremente confiante, pois no dia – embora improvável – em que surja alguma coisa parecida com um verdadeiro líder para o PS… adeus aos 2 dígitos e voltaremos à história da Cinderela depois da meia-noite.

Pois o PS… nem se pode dizer que caiu, a verdade é que se estatelou.

Há uma verdadeira caldeirada de razões para tal e quem tiver paciência que as pese nas devidas proporções: líder regional muito boa pessoa mas com parecenças notáveis com o homem invisível. Mensagem inaudível. Percebeu-se que foi a primeira vez que estes mocinhos se levantaram das cómodas cadeiras dos seus gabinetes. São filhos bastardos de um tal Sócrates que os madeirenses nunca esquecerão (e não é por causa da disciplina de filosofia). Têm um líder nacional que representa algumas das piores coisas da política atual: um boy que conseguiu o job nos corredores sem que se lhe conheça qualquer mérito. Duvido mesmo que tenha capacidade para gerir uma banca de hortícolas no mercado do Funchal. Trata-se, aliás, de uma infeliz cópia do outro boy, o que agora nos governa e que um poderoso amigo disse a toda a gente que era gestor de uma das suas empresas para que começássemos todos a pensar que, afinal, ali, teríamos homem…

Por último, uma ou duas coisas sobre o que se disse “no depois”:

AJJ: Ganhei como sempre – Juro que nem o posso ver, mas tem razão.

PSD Nacional: o maior exercício de aproveitamento / cobardia política desde a última era glacial: Shame on you, Passos Coelho; foi do género “odeio aquele gajo da Madeira mas dá jeitinho aquela vitória, ainda por cima hoje em dia fala-se tanto no efeito dominó …”. Passos Coelho comunicou que desapareceria, desapareceu e recebeu um chequezinho. Há quem roube descaradamente (embora esconda e depois seja apanhado) e há quem roube de gravatinha sempre muito apertadinha ao pescoço. Na realidade, o mesmo tipo de saco serve para acondicionar estas duas subespécies.

Gostei de ouvir o vice do PS: disse mal da estratégia (apesar dela nem ter existido), mandou o Tozé Seguro às urtigas (e que se mantivesse lá por muitos e bons anos) e não foi rancoroso. A mensagem foi de ter de reequacionar tudo naquele partido ridiculamente moribundo. Também disse que ia embora… chauzinho, a tua terra fica entregue aos evadidos do manicómio.

Por fim, e MAIS IMPORTANTE do que tudo o resto, chegou a hora dos madeirenses começarem a pagar os desmandos e a incapacidade evidente de gestão do líder vitalício. Já todos sabemos qual é o número, segundo AJJ não são 6328 milhões mas sim 5800 milhões, o que significa, evidentemente, que os madeirenses podem dormir muitíssimo mais descansados.

Não há dúvida de que a fatura vai ter de ser paga, até porque o dito líder irá mandar cada vez menos no seu “jardim” e outros meninos maiores irão impor um tipo de brincadeira diferente, menos agradável… e quando meterem a mão no bolso do povo, esquecem-se as obras, as espetadas dos comícios, surge a compreensão de que muito do que se fez foi um disparate, não se admite que alguns se tenham enchido apenas porque eram amiguinhos, etc, etc.. Ou seja, acredito que dentro de muito pouco tempo muitos madeirenses vão dizer: “Não brinco mais…”

Só mesmo uma última palavrinha quanto À CNE e ao Juíz: nada, mas mesmo nada de novo. Já vos contei a história do meu amigo que dizia qua a falecida avó dele (que o Senhor a tenha) ainda votava com toda a energia das suas convicções...

Um grande abraço