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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Portugal: Bem-me-quer, Malmequer, …

Taxas de fecundidade

Segundo um estudo do Fundo das Nações Unidas, realizado num universo de 188 estados, Portugal vai ter nos próximos quatros anos a segunda mais baixa taxa de fecundidade (1.3 filhos por mulher, tal como Áustria e Malta). Pior mesmo, só a Bósnia-Herzegovina (1.1) – espero que no jogo do play-off da segunda mão que se realiza hoje entre os dois países sejamos, também, um nadinha mais produtivos do que eles…

A China, sendo o país mais populoso do mundo, apresenta uma taxa de fecundidade baixa tal como nos países ocidentais (1.6)

A Índia, pelo contrário, sendo o segundo país mais populoso, apresenta uma taxa elevada (2.5). A tabela é liderada pelo Níger (6.9), seguido pela Somália e Zâmbia (6.3), Mali (6.1) e Maláui e Afeganistão (6).

Dá para entender estes valores ou não?

Taxas de mortalidade infantil

Suécia e a Singapura são os países com melhores indicadores com 2.8 crianças falecidas até aos cinco anos entre cada mil nascimentos. Islândia e a Eslovénia (3), a Finlândia (3.2), Japão e a Noruega (3.3), a Grécia (3.4), Chipre, a República Checa (3.5) e Portugal (3.7).

Então e os ricos países europeus Alemanha e França, entre outros? Claro, eles é que têm os melhores sistemas de saúde e os profissionais mais competentes… mas, deduz-se do relatório, nós (e os Gregos) sabemos tratar melhor das nossas criancinhas? Curioso, não? Portugal e Grécia nos lugares cimeiros!

Os piores são o Chade (209 crianças mortas em cada mil), a República Democrática do Congo e Afeganistão (198.6), Guiné-Bissau (192.6), Serra Leoa (192.3) e Mali (191.1).

Esperança de vida

Portugal surge bem posicionado no que respeita à de esperança de vida: 83 anos para as mulheres e 77 para os homens que nasçam nos próximos quatro anos.

Particularmente em relação à esperança de vida feminina estamos em 14º lugar. Em primeiro lugar está o Japão (87 anos), seguem-se França, Espanha, Itália e Suíça (85); Singapura, Coreia do Sul, Israel, Islândia, Suécia, Áustria, Austrália e Martinica (84). Estamos em igualdade com a Finlândia, a Bélgica, o Canadá, a Grécia, a Irlanda, o Luxemburgo, a Holanda, a Nova Zelândia, a Noruega e a Eslovénia.

No fundo da tabela feminina surgem: Lesoto (48), Afeganistão, Suazilândia e Serra Leoa (49), Guiné-Bissau e Zâmbia (50) e Botsuana, República Centro Africana e República Democrática do Congo (51).

Na tabela masculina já não aparecemos tão bem na fotografia pois estamos em 23º lugar.

Em primeiro lugar estão: Suécia, Suíça, Austrália, Islândia, Japão e Israel (80).

Comparando Portugal com o Japão, líder nos indicadores feminino e masculino, digamos que as viúvas Japonesas têm mais um ano para chorarem a morte dos maridos… ou suspirarem de alívio – tudo depende da perspetiva.

Os piores países para os homens são: a Guiné-Bissau e a República Democrática do Congo (47), a República Centro Africana e Serra Leoa (48), Chade, Zâmbia e Afeganistão (49).

Juro que não entendo estes números. Como é possível que os “malandros do Sul da Europa” ousem sequer se posicionar em alguns indicadores melhor do que os ricos e competentes?