Na quinta-feira, 10-11-2011 a Standard & Poor's (S&P) cortou o rating da França: o apetecível valor triplo A relativamente à sua dívida soberana.
Consequentemente, os mercados da dívida fizeram disparar os rendimentos dos detentores de títulos do Tesouro francês.
Rapidamente a S&P desmentiu o corte de notação, justificando-se com a existência de um erro técnico (???).
Na realidade desconhece-se se foi um "descuidado" sinal preventivo, isto é, se o sistema automático gerou (e difundiu) um aviso antes do tempo.
Entretanto a discrepância do spread entre os juros dos títulos franceses e dos títulos alemães aumentava a olhos vistos, o que, para países com a mesma notação, AAA, é incomportável.
Se fosse aplicado um estudo de análise de sensibilidade nesta situação específica, estaria cabalmente demonstrada a ineficiência e o mau funcionamento dos mercados: a INEXISTENTE mas erradamente (???) divulgada variação de um parâmetro nos EUA, faz com que um país estremeça na Europa - A França - e cria desequilíbrios graves entre França e Alemanha, dois países com "algum peso" no seio Europeu.
O conceito de eficiência dos mercados é uma virtualidade que existe apenas porque interessa a uma percentagem ínfima de poderosos agentes que operam nestes mesmos mercados.
Toda esta dinâmica diária dos mercados mundiais recorda-me com insistência crescente aquele submarino russo, o KURSK.