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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Quem disse que a banca já nos afundou tudo o que tinha para nos afundar?

Mentira!

Quem disse que a banca já nos afundou tudo o que tinha para nos afundar, está a mentir.

Afundou-nos no passado, esta a afundar-nos agora mesmo e o futuro parece seguir na mesma linha!

O que se segue são porções eloquentes da notícia "Bolha imobiliária ameaça banca" publicada no jornal "Sol" de hoje:


"Apesar de ser negado por governantes e instituições financeiras, Portugal está a sofrer os efeitos do fim de uma bolha imobiliária que mina a sustentabilidade de todo o sistema bancário.

O ‘buraco’ da bolha imobiliária não está reflectido nas contas da banca e poderá levar a uma nova vaga de capitalização do sistema se nada for feito.

Portugal edificou na última década cerca de um quarto de todo o parque habitacional existente. A febre imobiliária contagiou bancos, autarquias, empresas e consumidores, tornando 74% dos portugueses donos de casa própria, uma das taxas mais elevadas da Europa.

A procura era sustentada pelo crédito bancário barato, rapidamente disponível e com taxas de financiamento até 100%.

Em 2010, com a chegada crise da dívida soberana na Zona Euro, a banca iniciou um processo de forte restrição ao crédito que fez ‘evaporar’ a procura e rebentar a bolha. Sem clientes, o excesso de oferta de habitação está patente na banca, nas construtoras e nas imobiliárias. Ninguém consegue comprar.

Desde 2010, o preço médio da habitação desceu cerca de 10% em Portugal. Mas nas periferias dos grandes centros urbanos como Lisboa e Porto, as quedas foram de 20%.

Sem clientes e crédito, o sector da construção e das imobiliárias entrou num ciclo de falências que está a encher o sistema bancário de crédito malparado. Hoje, mais de 40% do total de crédito vencido em Portugal é da responsabilidade de imobiliárias e construtoras. Os dois sectores têm dívidas de 38 mil milhões de euros à banca, dos quais 4,5 mil milhões são incobráveis".


Vejamos, temos dois sectores de actividade económica que, tendo produzido fortunas absurdamente colossais, são devedores de qualquer coisa como 6 buracos da Madeira! E, para que não restem dúvidas, há que recordar que o buraco da Madeira já é, por si só, maior do que a dita ilha!

Moral da história: Vai ser preciso mais uma injecção, fornada, o que seja, de liquidez para os bancos, por esta altura altamente depenados. Pena é que quando ofereciam crédito em condições reveladoras de total incompetência e, simultaneamente, de gula desmesurada, não se tenham lembrado de que a coisa podia dar para o torto! Por outro lado, são muito espertos, sempre que estão descapitalizados... os iluminados "lá de cima" tratarão de subtrair o nosso dinheiro, subsídios e o que mais for para dar a esses pobres coitados.

É a vida!